quinta-feira, 22 de setembro de 2011

[...] Tinha o costume de ignorar e esconder o que me perturbava. Encarar algo que saiu do controle em sua própria vida é uma tarefa difícil e exige mente sã. Eu empurrava para qualquer gavetinha dentro de mim e evitava o máximo mexer. Minha atitude de fuga era regada por pensamentos de que algo ruim na vida não era tão ruim assim e que poderia ser muito pior, ou que eu não tinha o direito de me sentir na merda por que havia muitas outras pessoas sofrendo de verdade e que a minha dor era apenas uma piada.
Um grande erro. Não existe dor de mentira, toda dor é de verdade. Uma dor não deixa de doer por existirem outras dores maiores. Como eu poderia querer felicidade se não aceitava  nem minhas próprias dore? Dor não dilui na água, dor tem que ser desatada como um nó.
Tive que aceitar a minha vida com tudo que está dentro dela. Nunca conseguiria mudar se não achasse o foco merecedor de mudança, ou se não desse a devida importância a ele. Essa é a minha vida, essas são as minhas dores, vamos então às minhas alegrias. [...]
O primeiro passo para se realizar um sonho é acordar dele. Se eu queria algo, por menos ou mais grandioso que fosse, eu teria que sair da inércia, do comodismo, da preguiça e, de fato, agir. [...]
Ainda sou a mesma, e tudo ao meu redor também. O que mudou foi a forma como eu encaro a minha vida e a mim mesma. Porque a vida eu não mudei, ela ainda está lá, eu mudei foi a forma de viver.
( from: http://corramary.com/a-vida-a-dor-e-a-felicidade/ )