quarta-feira, 27 de junho de 2018


"Eu sempre sinto as coisas em dobro, em triplo, vinte vezes mais. Fraqueza ou não, intensidade desmedida ou não, eu sempre aparento carregar um peso maior. As despedidas são mais doloridas, as grosserias são mais cortantes, as palavras duras são metais indestrutíveis. Sempre demoro mais para superar, para entender, para seguir em frente. É como se levasse a culpa por algo que não cometi. Sou eu que fico ali, tentando, querendo mudar o rumo das coisas. Sou o lado mais apegado da história. •

Me sinto frágil, mas tenho aprendido a ser forte. Me sinto fraco, mas tenho me superado. A vida tem me derrubado com mais frequência e eu já não demoro tanto tempo no chão. Porque cansa ser o elo mais fraco, a parte que mais demora para sacudir a poeira. Dói a queda, mas dói mais ver quem está do outro lado seguindo em frente enquanto eu fico aqui com o coração apertado, pesando seis toneladas ou mais. •

A intensidade tem seu lado bom, mas também é um fardo. Cansei de notar que as pessoas seguem o baile sem mim com muita facilidade e destreza. Eu não sou e nem quero mais ser aquele que fica todo remendado enquanto o outro vai como se nada tivesse acontecido."
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